E assim ela ficou...
Esperando mais uma vez alguma manifestação de afeto por parte dele, alguma coisa que justificasse todo aquele palpitar em seu coração. Qualquer coisa lhe caberia, uma simples palavra, um sorriso, um gesto... E mais uma vez ela seguiu esperando...
Já não se contentava mais em ler conversas antigas, declarações passadas... Para ela falta algo que traga a tona a razão de tantos devaneios e lágrimas, de pensamentos que lhe roubam o dia, e ela se pergunta sempre: “como o coração, por algumas vezes, consegue controlar nossas ações?”...
E mais uma vez ela seguiu esperando, por mais que soubesse que era uma espera em vão. Ela permanecia lá: sentada, com uma das mãos segurando a cabeça, o coração apertado, um meio sorriso esperançoso na face e a certeza de que no dia seguinte não faria nada além de esperar mais um pouco...
Talvez ele ainda não tenha se perguntado por quanto tempo ela continuaria ali, esperando por ele, talvez ele ainda não tenha notado que tempo demais já havia passado desde que ela se declarou apaixonada e disposta a esperar pelo amor...
E ela? Já se mostrava abatida e quase convencida de que não valia mais a pena esperar tanto... Mas mesmo assim lutava contra as próprias barreiras só para provar a si mesma que tudo tem seu tempo, e que a espera nunca é demais para aquele que ama de verdade...
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