Eram tantos os pensamentos que dominavam a cabeça dela, tantas as perguntas que permaneciam sem resposta...
Ela lutava contra seu próprio coração, já estava exausta, se sentindo sozinha e não queria mais ter de viver com migalhas de amor.
Seu amor escorria como cachoeira, ou quedas d’água semelhantes às lagrimas que corriam em sua face, ao mirar-se no espelho não via nada além de insegurança, fragilidade...”Vem dizer adeus ao que restou de quem um dia foi feliz” ... Era o que ouvia tocar, quando, de repente, ela se deu conta de que todas as respostas que buscava estavam dentro dela mesma...
Na maioria das vezes, o silêncio é mais precioso do que qualquer palavra que possa ser dita, mesmo que seja uma declaração... Tem horas em que é melhor calar. Mas ela insistia em dizer o quanto sentia falta dele...
Ela notou que de nada adiantava escrever textos, poemas, declarações... De nada adiantavam as conversas, os choros e dramas, ele não mudaria... Talvez por medo de assumir seus sentimentos, talvez por não existir sentimento nenhum, sabe-se lá... Ele dizia acreditar mais em demonstrações, mas agora até isso lhe faltava.
Oras o amor de uma pessoa só não é suficiente, neste caso havia muito dela, e quase nada dele... E ela balbuciou (em um tom quase mudo, para que seu coração não ouvisse) “Se for pra lutar sozinha, eu já não quero mais”.
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