Sobre mim...




Não pense que eu sou a mulher certa, ou melhor, uma mulher certa. Eu nunca coube mesmo nessa definição. Mas sou do tipo que se entrega totalmente, que oferece amor aos montes... E que não hesita em sempre se dar. Não pense que eu deságuo compreensão, do muito que aceito, às vezes não compreendo. Tem dias que estou pra tudo, outros pra nada. Mas sei fazer do beijo e do abraço um prazer vivo.

Fujo algumas vezes dos abismos de uma mulher, dos seus detalhes, de suas manias. Sei ser moderna, careta, cuidadosa, desajeitada. Tropeço nos obstáculos que existem em mim. Grito e esperneio, mas logo depois estou rindo da minha fragilidade. Não, eu não sou a mulher certa. Sou errada, implicante, ciumenta, incompreensiva, carente...

Mas sou do tipo que te abraça quando chega de mansinho, do tipo que te mima, que te quer. Faço dramas, não intencionais, mas são dramas. Viro criança com algodão doce. Choro de felicidade e tristeza ao mesmo tempo. Piro com sussurros. Sou aquela que se derrete com um gesto doce, que acredita, e muito, no poder das palavras, aquela que ama sem medidas... Sou fiel.

Sou do tipo que oscila, vivo nos extremos. Vou e volto do céu e inferno com grande frequência. Não finjo uma gentileza, mas engulo a seco as facadas que recebo... Penso e sinto coisas que não queria, e não sou nem um pouco menor ou pior por isso.
Sou inteira, mas estou longe de ser certa...

Desapego...



...não quero mais nada dessa coisa de sentir intensamente, desse negócio de ficar insone. Chega de romantismo em excesso, não sou mais adolescente...

Agora eu sou mais eu, sabia? Pixei com spray colorido meu muro de lamentações, desejo só alegria, espantei as dores. Dou até risada quando me lembro de como eu perdi o sono, a fome, a vontade de fazer algo. Acho-me patética ao pensar que há pouco tempo estava perdida, sempre procurando alguém num quarto que é só breu.

Ah, nunca mais gostar de repente, sem motivo aparente, com um turbilhão de bem querer. Finalmente, a paz!

Navegarei a partir de hoje por mares mais calmos, sem tempestades. Procuro tempo firme, morno, agradável. Nada dessa montanha-russa que sobe, fico feliz; desce, vem o medo. Não vou mais ver o mundo de cabeça para baixo, continuarei em pé nos próximos meses.

Afirmo e reafirmo: a partir de agora sou assim!

Falei tudo isso ainda ontem. Tive a certeza de que estava dizendo a verdade. Aí você surge hoje. Lindo como nunca. Encantador como sempre. E fez aparecer um sentir que contradiz todo o meu discurso…

Volver al inicio Volver arriba O tempo passou na janela, e só Carolina não viu.... Theme ligneous by pure-essence.net. Bloggerized by Chica Blogger.