Ela escrevia aos sete ventos, aos amigos, aos amores, às dores e alegrias, e de certa forma estava sempre aguardando uma resposta rasurada num pedaço de papel amassado...
Mania boba de acreditar que em tudo deve haver reciprocidade, mania de troca, mas nunca se toca de que a palavra por ser livre, se vai e nunca volta!
Menina moldando a escultura de mulher; mulher se esquecendo de que já não é menina...
Se esquecer, se perder e se encontrar em pequenos sentimentos fragmentados; ela já fora assim antes, agora mesmo perdida procura nos braços de quem a acolhe as rimas, as cores e os sabores de todos os fragmentos sentimentalizados.
Uma confusão sem sentido, uma série de palavras reunidas sem por que... E ainda assim ela escrevia aos sete ventos, aos amigos, aos amores, às dores e alegrias.