Quem sabe seja a hora, seja o tempo de voltar atrás...


Eram tantas as coisas que passavam pela cabeça dela: desde a meia verdade dita, até os sentimentos calados... Seus pensamentos se assemelhavam a furacões, pois por mais passageiros que fossem, deixavam marcas, rastros que a perseguiam frequentemente...

E no meio de todo esse turbilhão de emoções, todos os sentidos já haviam sido perdidos, ela se olhava no espelho e não era capaz de reconhecer a própria face: lábios promíscuos, maçãs rosadas, e um olhar que carregava toda a culpa dos atos mal planejados e suas consequências.

Ela não conseguia abrir mão de seu passado, na verdade, não queria fazê-lo... Talvez por medo de que aquilo que ela considerava ser ‘eterno’, se perdesse em meio à areia da ampulheta de sua vida. Ou pela certeza de que um dia as coisas seriam ainda melhores, por mais que ela soubesse que jamais poderia voltar atrás e consertar tudo aquilo que já houvera feito...

A garota então resolveu deixar-se levar pelo tempo, onde o vento direcionava seus passos tortuosos, em contrapartida, ela fazia questão de tomar os caminhos que parecessem ser os mais corretos, abrindo mão de seus valores, sentimentos e necessidades.

Mesmo tendo todas as respostas dentro de si e mais do que isso, sabendo exatamente o que deveria ser feito para cessar sua dor, lhe faltava coragem... O medo da incerteza, da solidão, de ter que abrir mão de tudo e de errar novamente, barrava qualquer tipo de atitude que ela poderia tomar agora. Mas que fazer então com todo aquele turbilhão de emoções?

Ela pedia o tempo todo para que o vento redirecionasse seus passos...

Volver al inicio Volver arriba O tempo passou na janela, e só Carolina não viu.... Theme ligneous by pure-essence.net. Bloggerized by Chica Blogger.